sábado, dezembro 19, 2009

Foi como se o sol se pusesse
Nao havia mais brilho, não havia mais luz
Tudo era quieto e sombrio
Ouvindo-se apenas, em alguns momentos, o ruído do vento

Ela ventou a cabeça e fitou o horizonte
Não havia nada lá, apenas o vazio
Uma lágrima escorreu por sua face
Cortando a fisionomia fria e sem expressão
Sim, ela tinha sentimentos, e sofria

Levantou-se e começou a andar sem rumo
Nada mais importava agora
Por algum tempo ela procurou o sentido das coisas
Mas em momento algum encontrou

Seu olhar era como uma despedida
Ao que poderia ter sido bom
Mas ela precisava de mais e o que tinha agora
Já não era suficiente... não sentia-se segura
Não percebia uma possibilidade sem dor.

Foi em direção ao horizonte vazio
Como se ão houvesse outro caminho
Aos poucos, ao longge, desapareceu adentrando a noite.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Passos

Preciso retomar algumas coisas em minha vida
Escrever com certeza é uma delas
Preciso comprometer-me mais comigo mesma
E cuidar de mim, emocionalmente, psicologicamente e fisicamente

Eu preciso de algumas mudanças e algumas mudanças precisam de mim
Hoje reconheço que não basta esperar as coisas acontecerem
Algumas só acontecem se eu der o primeiro, segundo, terceiro e todos os próximos passos!

Então vamos lá, é uma longa caminhada pela frente!

terça-feira, agosto 11, 2009

Fluidez

Acho que é uma das coisas que mais me faz falta quando não tenho. Ultimamente tenho tido muita hehehe. E é mais que bom, é fantástico quando a vida simplesmente... flui.

As preocupações não tomam mais a cena e o cenário no palco se equilibra. A vida fica mais leve e as frustrações são facilmente superadas, pois as novidades também acontecem.

Já fui acostumada à mudanças, já tive medo delas, e já fiquei sem saber o que pensar sobre isso. Hoje acredito que não é só o fato das mudanças ocorrerem ou não que me afeta, mas como estas irão fluir.

Uma das piores sensações é ver-se estagnada, de mãos atadas. Até em meio à mudanças. Sempre gostei de fazer acontecer e retomar isso em minha vida me deixa feliz.

É, estou numa fase de mudanças, e boas!
Estou fluindo... ;D
Eu gosto disso hehehehe

segunda-feira, julho 27, 2009

Sentir-se só, mesmo não estando.

Sabe quando tudo parece confuso, você sente-se só e incompreendida?
Por mais que você busque compreender a todos e isso nunca é o suficiente?
Por mais que você releve, que você compreenda, que você se coloque no lugar... sempre falta. Então você simplesmente não consegue mais acompanhar o outro porque parece impossível. Forma-se um abismo à sua frente e ele sorri para você dando-lhe as boas vindas.

Eu não acho que peço demais às pessoas. Mas por que às vezes elas agem como se eu o fizesse? Será que não posso desejar um pouco? Será que esse meu pouco está fora da medida normal? E por que então eu não consigo perceber isso?

Por que sinto-me só e injustiçada?
Seria tão mais fácil acreditar que eu não meço as coisas e exagero... mas e quando não se acredita realmente que seja um exagero, o que fazemos então?

Por que a sensação de que quando eu pedir as coisas não vão dar muito certo?
E que meu espaço fica então pequenino...
Não dá para ser assim e continuar bem.
Eu preciso olhar para mim de vez enquando e ter o direito de frustrar e me chatear com planos não cumpridos... mas porque eu não posso?
E por que se o faço tudo parece significar que não me esforço o suficiente?

Por que não consigo simplesmente ignorar tudo e os outros?
Seriamais fácil, mas não seria eu...

terça-feira, julho 14, 2009

Estar sozinha é diferente de sentir-se só!

Eu gosto de estar sozinha. Não o tempo todo, é claro. Acredito que disso ninguém goste. Mas de vez em quando é bom, e sabem... até faz bem. Mas para isso preciso estar bem. Não na verdade. Não preciso estar bem para que faça bem, mas preciso estar bem para me sentir bem sozinha.

Confuso? Acho que não. Deixem-me explicar meu ponto de vista.

Quando não estou bem e estou sozinha, eu me incomodo, e então penso no incomodo e então... reflito. Refletir é bom, nós que fugimos disso às vezes, ou talvez muitas vezes.
Passei uma semana na chácara com meu pai, muitos momentos sozinha, refletindo. Passei um dia inteiro sozinha porque ele teve que voltar à Brasília. E eu refleti. Eu precisava muito disso porque no corre corre eu não estava parando. Percebi o que precisava mudar e achava até que seria muito difícil. Bem, está sendo bem mais fácil do que pensei, e adivinhem? Já mudei muitas coisas, estou até surpresa comigo. E o que não depende de mim? Com as mudanças que pude fazer já consigo lidar muito melhor com as esperas necessárias.

Pausa - meu "BlacK" acabou.
Pausa dois - cadê o isqueiro?
Pausa 3 - limpando o cd da Björk - sério, tudo deu tilt junto :/

Voltando...
Sobre estar sozinha e estar bem. Hoje eu estou assim. Meu Anjo viajou a trabalho e volta sexta. Vou ter um tempinho sozinha. Mas isso não me incomoda. Consigo pensar, me sentir bem e até escrever;D Coisa que era bem raro já faz um tempo. E eu gosto de escrever.
Sobre ele estar longe? É claro que tem a saudade. Mas um pouco dela é saudável. Até porque quando ele voltar é tão gostoso matarmos a saudade juntos ;)

Quando estou assim, como hoje, é aquele momento em que mergulho no meu íntimo e as sensações tomam conta por completo. O mundo parece parar por alguns minutos e ele passa a ser só meu. Ansiedade? Esta cada dia torna-se mais estranha, e isso sim é estranho, mas é bom.
Solidão? Não, não sinto nada disso.
Apenas paz. E de certa maneira, acho que é isso que a spessoas procuram, mesmo quando não sabem. Sentir paz.

Wow... eu estou em paz ;D

segunda-feira, julho 13, 2009

Sentar e chorar...

Parece-me às vezes muito normal e outras muito estranho como as coisas podem mudar de repente. Tudo vai indo numa direção e de repente vem a reviravolta.
Mas o que acho mais interessante é a capacidade do ser humano de participar dessa mundaça de direção do vento, ou até mesmo dele mudar a sua.
Se um dia as coisas caminham de um jeito e vou levando minha vida com um ar de cansaço e pessimismo, não há nada melhor quando finalmente abrem-se as nuvens e o sol volta a brilhar. O melhor? É um sol que não cega meus olhos, assim sendo, consigo visualizar um pouco a frente e voltar a ter expectativas boas.

Sempre estudei o stress, trabalhei o stress dos outros, convivi com stress alheio. Mas acho que estar estressada realmente eu só descobri nesses últimos meses o que era. O ponto final? A exaustão, onde sentindo-se tão pequena e incapaz, frente a qualquer problema, a única postura torna-se sentar e chorar - ou chorar em pé mesmo.

Literalmente.

A gente ouve a respeito, a gente lê. Mas sentir na pele, na cabeça, no corpo todo... é bem diferente. De repente ver que não há controle ou saída, a não ser mudar sua realidade... isso assusta. Principalmente se for uma personalidade exigente que considera certas atitudes fraquezas... a verdadeira fraqueza é não reonhecer o próprio limite.

Mas enfim, está passando, não passou.
Mas já não sento e choro ;P

quinta-feira, junho 18, 2009

Um dia de cada vez...

Ultimamente tenho corrido tanto contra o tempo que a vida passa e quando vejo, estou num novo dia, nova semana, novo mês. Se houve uma época em que eu reclamava da falta do que fazer, do marasmo, do comodismo ou até mesmo do cansaço que me dificultava levantar e ir atrás das coisas... hoje eu corro até demais.
E sim, eu preciso aprender a parar porque parar faz falta. E não consigo escrever, ler, pensar. Parece tudo misturado ou até mesmo sem um espaço para algo mais. e isso faz a sensação de vazio - mesmo que por estar cheia demais - permanecer. E eu não gosto de sentir-me assim.

Sabe, são tantas coisas boas acontecendo. Tantos sonhos se realizando e tantas perspectivas boas. E eu apenas me apego às preocupações e consequencias. Realmente assim não posso continuar.

Continuo saindo e me divertindo, mas o cansaço forte abala.
Semana que vem vou para o meio do mato. Vou ter tempo, nada de telefone ou internet. Mas de certa maneira será bom. Vou estar comigo mesma, descansando, sonhando, vivendo. Sem pressa, sem medo, sem cansaço.

Vou aproveitar e ver minha vida e seu rumo, e quem sabe quando eu voltar descansada, reaprenda a ir devagar mesmo no corre corre.
Porque a vida segue em frente, mas não preciso estar sempre correndo à frente dela.
Espero realmente aos poucos retomar pequenas coisas paradas e conquistar outras deejadas.
As coisas já estão acontecendo, então, o melhor a fazer, é perceber e curtir isso ;)

quarta-feira, abril 29, 2009

Cansar feliz é possível.

Cansada, introspectiva, pensativa.
O cansaço físico traz a dor, a paralisia.
A mente inquieta entrega-se aos pouco
E todos os planos e vontades, e desejos... vão ficando para depois
Por mais que incomode, o limite me cola no sofá
E por mais entediante, o controle remoto é o mais fácil de meus dedos alcançarem
Cansada e inspirada
Mas a inspiração, por mais que lute, vai perdendo força
Mas é um cansaço bom
Não é tédio e nem acomodação
É cansaço de quem correu e realizou metas
Mas é cansaço

O corpo grita e geme em dor
As costas lascadas queimam
A respiração falta
E a mente se perde fácil
Pensar é difícil
Abstrair é necessário

Há tempos não sinto tudo isso. É bom voltar e ter o pique de outros tempos. Mas é duro não ter o tempo para aproveitar esse pique. A gente cresce e a vida se complica. Tudo aumenta em termos de responsabilidades, cobranças, afazeres. Tudo diminui em termos de descanso, brincadeiras e descompromisso.

Ser leve, livre e solta. Eu desejo, mas não sei ainda como obter.
O horizonte ainda nebuloso mostra que já posso chegar lá, mas não mostra como e nem o que encontrarei.
Voltei a viver, não deixei de temer, mas parei de tentar controlar.

Que venha o abismo e eu me jogarei, certa de criar asas para planar!

segunda-feira, abril 20, 2009

Um pouco de mim

Hoje eu estou assim
meio sem graça, meio sem vontade
meio alegre, meio desanimada
meio cansada, meio empolgada
meio alienada, meio profunda
meio carente, meio independente

Estou assim
um pouco só, em pouco além
um pouco eu, um pouco ninguém

Um pouco pensamento
Um pouco sem saber o quê

Hoje eu simplesmente estou
um pouco de mim.

terça-feira, abril 14, 2009

Corre Lua, corre...

Corre Lua, corre... mas não se esqueça de equilibrar
Corre Lua, corre, mesmo sem saber aonde irá
A paisagem fica para trás, o vento leva seu respirar
Não há muito o que apreciar
O tempo não permite parar
Corre Lua, corre, se cair deve levantar
Corre Lua, corre... em algum lugar deve chegar

29.04.2006


Há muito tempo escrevi esses versos para mim. Hoje encontro-me na mesma sensação. Tantas horas passando diante de mim, tantas coisas para resolver, comemorar, viver. Parece que as 24 horas do dia não são suficientes para viver a vida como deveria. Mas ao mesmo tempo, se houvessem mais horas no dia, a certeza me grita que seriam mais horas corridas.

A sociedade louca criou um ritmo e estilo de vida desenfreado em vários sentidos. Precisamos de mais e mais tempo, cada vez mais. Você trabalha, estuda, está sempre se atualizando e há quem no meio dessa rotina exigida pelo melhor desempenho e capacidade, ainda encontre tempo para relaxar.

Difícil visualisar isso. Tempo. Relaxar. Aos poucos as pessoas desaprendem a parar, e assim, quando param logo procuram algo para se ocupar. Começam então os vícios. Um mal atual e crescente em uma sociedade desesperada por um forma - fácil, prática, instantânea - de satisfação, de prazer.

Outras caem no desespero do vazio de não saber como organizar sua vida, seu tempo, sem ficar para trás. O automático entra no dia a dia como um hóspede sem data de partida, e o dia a dia vira uma rotina imutável. Os imprevistos tornam-se pesadelos devastadores que perseguem a todos.

As relações humanas esfriam e a concorrência ganha peso. A balança desiquilibrada de uma vida aos trancos e barrancos aumentam as salas de espera de consultórios psiquiátricos e psicológicos.

Busca-se paz, compreensão, satisfação, contato humano, suporte, tempo!

É aí que eu entro.

Ajudar, ensinar, dar suporte... Desmistificar. Eu diria permitir as pessoas reaprenderem a falar consigo, com seu tempo, com seu limite. Esquece-se o que é bom, ou melhor, esquece-se de como o bom é bom. Vira segunda, terceiro, quarto plano na vida, até que deixa de fazer parte da vida. E as pessoas nem lembram mais a última vez que foram ao cinema.

Onde nossa sociedade vai parar?
Atualmente ela passa isso às crianças, na escola, no esporte, no francês, no inglês, na aula particular, no reforço, no dever, no ter que... e onde fica o lúdico, o poder, o parar, o brincar?

Desde cedo educamos a serem o que nos tornamos e do que no fundo, queremos fugir...
Mas se nós damos conta, por que elas não dariam?

Melhor eu parar por aqui. Já gastei muito tempo escrevendo, e você aí do outro lado, lendo.

domingo, março 29, 2009

...

Não entendo tão bem das coisas do mundo
às vezes me surpreendem, outras me desanimam
O tempo continua a passar ligeiro
hora corro junto, hora apenas observo
A vida parece ter um quê de mistério
Em outros momentos parece tão sem sentido
Caminho entre a sensação de vazio e cheio
E toda esta instabilidade me deixa solta
às vezes não sei o que quero, outras desejo demais
essa incerteza das coisas confunde-se com minha realidade
Assim, às vezes sei para onde ir, outras não sei nem onde ficar...

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Liberdade

O espírito enjaulado começava a enxergar a luz por entre as frestas
Ousou gritar e tamanha foi sua surpresa ao perceber-se ouvido
A insegurança do ousar libertar-se deu espaço a esperança
E degustando novos momentos percebeu que precisava apenas
permitir-se.

yeah... acho que é por aí
A fera domada rebela-se contra si mesma
Até porque as barras de fuga são apenas
as projeções de seus medos

Não vou discutir aqui porque existe o medo, a fuga, o fácil e a libertação
Apenas que volto a me libertar e que aos poucos a garota sorridente de outras eras retorna
É diferente porque não falo de segurança, objetivo e vontade, falo de felicidade e leveza. Não de momentos bons, mas de reencontro consigo - comigo - mesma.
e pior que seja a notícia, o dia, ou o sonho que me acordou, não há forças suficientes para abalarem meu dia, a menos que o motivo seja real e forte, e isso, ainda bem não há no momento.

E a propósito, para que sofrer e me martirizar se posso escolher viver um dia bom.
As coisas começam a fazerem menos - ou mais sentido - e por elas vou me guiando.
e pareço até estar chegando a algum lugar.
Depois eu vejo aonde. Agora eu quero mais é caminhar ;D

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Em frente e avante!

Calmaria... tudo parece menos turbulento e a vida parece finalmente fluir. Mas quando abro a agenda ou listo mentalmente tudo que fiz e que tenho por fazer, e tudo que surge de repente... como assim? Eu deveria estar ansiosa, nervosa, cansada - isso até que estou - me martirizando e sofrendo pelo que não precisa. Sim, essa seria eu. Mas não, estou até curtindo o tempo vago e querendo mais dele. Deprimindo menos. E seguindo em frente, firme e forte, e segurando as pontas. Estou compreensiva e a carência passou talvez de revolta para tanto faz. Não incomoda mais. Curto meu tempo comigo mesma e estou gostando. Ops... cadê eu? Aquela ansiedade nervosa insegura e atrapalhada, mas decidida e firme e forte. É , é bom que o decidida e firme e forte ainda esteja por aqui...o resto? Estão se despedido. A ansiedade ainda deve me fazer algumas visitas, mas se menores, melhor. Não é do tipo que deixa saudades. E adivinhem? Já durmo melhor. Claro, com insônia e indo para sala, mas melhor. Talvez o contrário, talvez por ir para sala e parar de brigar com a insônia melhorou e durmo melhor e estou menos cansada e então menos ansiosa, insegura, nervosa, atrapalhada, mas ainda decidida, firme e forte.

;)Adivinhem. Se dormir melhor faz melhor então...
Dormir bem faz bem! ;P

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Boca

A boca aflita grita, tal qual a sensação da faca rasgando a carne e as mãos amarradas num desespero louco para soltarem-se, e sente-se apenas o jorrar do sangue e a dor aguda na alma

A boca pasma cala, e são os olhos que jorram os sentimentos embotados dentro do corpo vazio e cheio. O oco preenche-se de ódio e medo, que se esvaem por terra sobrando o vazio frio e não mais avassalador

A boca perdida sufoca, como quem procura algo, uma pista, na tentativa de preencher-se novamente, mas tudo em vão, o nada é infinito e os olhos percorrem o horizonte morto à sua frente

A boca louca chora, resmunga, balbucia. Pergunta-se de que adianta tudo aquilo e questiona-se se vale a pena continuar tentando plantar e colher em campos áridos, sem verde, sem água, sem nada

A boca emudece, silencia, como quem não se permite responder às próprias perguntas talvez por medo das próprias respostas, ou talvez porque simplesmente não as tenha

A boca range a raiva, e quer morder e quer mudar, quer se soltar e voltar a viver, mas precisa purificar-se do pecado na carne podre que banhada em suor, fede

A boca então cantarola, e sorri. Porque todo recomeço traz sonhos e esperanças, e o cheiro sujo do passado foi-se com a água que banhou o corpo pecaminoso e febril, porém ainda cheio de desejos e assim, cheio de vida.

08.02.09

sábado, fevereiro 07, 2009

"Eu não sou um mecanismo, uma montagem de várias partes.
E não é porque o mecanismo está trabalhando mal que estou doente.
Estou doente por causa das feridas da alma,
as feridas no ser emocional profundo,
e as feridas da alma levam muito, muito tempo,
só o tempo pode ajudar, e a paciência,
e um certo arrependimento difícil,
um longo arrependimento difícil, a percepção dos erros da vida,
e o libertar a si mesmo
desta repetição incessante de erros
que a humanidade, em geral, decidiu santificar."

- D. H. Lawrence

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Suspiros...

Existem momentos aos quais podemos apenas... suspirar
Leve, forte, calmo, profundo
Uma sensação que percorre o corpo todo
Surge no mais íntimo do ser
E atravessa todo o peito
Encontrando a saída
Que o entrega ao mundo
Num momento rápido
Perde-se no mundo lá fora
Alivia o mundo aqui dentro
E permanece o silêncio

Simplesmente, há momentos, que não sabemos o que falar
Ou talvez, não haja o que ser dito.

sábado, janeiro 24, 2009

Sensações x Realidade

Postei outro dia no Dialética da Vida e como particularmente gostei muito do meu texto, deixo o link abaixo ;)

Sensações X Realidade

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Expectativas...

Eu nunca soube lidar muito bem com expectativas. Boas ou más, sempre me causaram uma dose cavalar de ansiedade. Houve uma época que não me atingiam, mas foi uma época passada, e na verdade nada boa. Pior do que sentir em excesso é não sentir. E quando não se tem expectativas, não se tem muita coisa. Ou você não espera por nada porquenada acontece há algum tempo ou fica como eu, esperando pelo pior por se tonar número 01 na prova de queda do cavalo.

Bem, essa fase passou. Prefiro a expectativa que tira meu sono, diminui minhas unhas - tb não mais ;)) - despenteiameus cabelos, tira ou aumenta minha fome, etc etc etc.

Mas eu ainda paro. E disso eu não gosto. Eu ainda me corroo em excesso e muitas vezes travo. Fisicamente não, fisicamente só falta tremer.

Fica aquela sensação boa misturada com a sensação ruim. Ansiedade.
Quem nunca sofreu disso? Eu tenho demais.

Fica difícil me expressar ou até entender o que anseio e do que fujo.
Pareço um radio mal sintonizado que pega todas mas nenhuma estação decentemente.
É um pouco de tudo e ao mesmo tempo nada de verdade.
A sensação de ser um pára-raios ambulante não é confortável. Todo mundo precisa parar.

domingo, janeiro 18, 2009

Magia X Realidade

De uns anos para cá, fui tornando-me uma pessoa mais cética, mais firme e pé no chão... também menos iludida, porém sem deixar de ter sonhos. Apenas um pouco mais "ver para crer" e um pouco menos "acredito na bondade das pessoas e papai noel existe".

Então há um tempo atrás, em meio a uma coversa, daquelas que sempre conseguem nos colocar para refletir, meio que como mágica, acabei me perguntando... "no que eu acredito e no que não?" Eu nem sei se sei responder... Eu sonho, faço planos, vejo magia nas coisas e acho que "não matei nenhuma fada", pelo menos nunca disse não acreditar nelas... mas também nunca mais disse acreditar... e no que eu acredito? Por que caminhos eu sigo? Piso em flores ou espinhos?

Não sei, comecei a me perguntar, o que é preciso para a magia enfeitar o dia... não acredito em coisas impossíveis, mas também não sou seca como uma arruda carregada... talvez eu nem precise de uma resposta... talvez não exista. Quem sabe a cada momento acredite em algo que pertença aquele instante mágico, sem fazer viagens e aventuras de outras épocas, e sem firmar-me num cimento seco e frio de falta de expectativas.

Talvez seja assim, sem fórmula ou cor... sem regras e sem ilusões, porém regada em sonhos e magia...
Eu gosto assim, sorrindo e chorando e descobrindo. Com brilho e gotas de orvalho, pisando em grama e pétalas de rosas, caminhando para o mundo da fantasia, sem perder-me por lá, mas ultrapassando o portal ;)

Aliás, quem não precisa de magia em seu dia a dia? A vida já é por demais pesada, não precisamos ajudá-la a se complicar ainda mais. Pena que em determinados dias, esta sensação me abandone e os questionamentos e dores da alma voltem... mas tudo que vem, vai. Para os dois lado.

Talvez seja isso a vida... um equilibrar-se contante entre dois mundos distintos unidos em um só.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Meu Dia de Cão!

--> Efeito de música para acompanhar o post "Mary, Mary" [Stigmata Mix] - A sensação música e não a letra da música.

Sabe aquele dia que você acorda e percebe que algo não vai bem? E conforme você segue seu planejamento de levantar, se arrumar, separar as coisas, ir até o carro - me refiro a esse polanejamento inicial mesmo - algumas coisas já começam a tirar sarro de você... mas você releva.
Mas por quê? Por que a gente releva? Por que nessas horas não lemos o horóscopo e nele não contém a observação "fique em casa hoje", "evite resolver problemas" ou simplesmente "não faça nada que seja importante"! Por quê?

Por que eu levantei, ignorei meu carro fechado com todas as latas de água do flanelinha, ignorei o sapato que separei e não pude usar por causa das unhas e o chinelinho que me deixou tudo, menos com a aparência que eu precisava, ignorei o sono, o carro barulhento, o trânsito tumultuado, o contador que não apareceu na hora combinada há dias atrás, a vontade de jogar tudo pro alto, a falta de vagas mesmo insistindo por meia hora, os policiais multando, a necessidade de buscar ajuda???

Pois bem, ainda assim... faltou cópia impressa no papel timbrado. E nem por descuido meu, mas por informação passada e sublinhada e corrigida... errada!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pelo menos a xerox era mais próxima do que o explicado. E podia ser xerox. E avisaram sem eu perguntar... ou alguém ainda acha que eu tinha qualquer esperança moribunda de que poderia ser xerox? ¬¬

terça-feira, janeiro 13, 2009

Ah... quero voar e sentir o vento contornar meu corpo! Que meus pensamentos espalhem-se pela imensidão do infinito... Eu quero com as mãos tocar como quem toca um sonho e sorri baixinho... mas eu quero sorrir alto para o mundo inteiro escutar... e adoçar a mais salgada face... Quero olhar o mundo com os olhos brilhantes e úmidos, e poder gritar aos sente ventos que vivo e sou feliz. Não posso mudá-lo, mas posso sentí-lo! Fazer de todos os meus momentos únicos... e especiais. Então eis o que farei: viverei e voarei, mergulhando em cada raio de sol ou gota de chuva. Deixarei a brisa me tocar e tocarei as estrelas, navegarei os mares e descansarei na lua, à luz do sol.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Manias... tenho tantas!!!!

Dedicado a um certo Anjo Ruivo que voa por aqui ;)

"Dentre as manias que eu tenho / Uma é gostar de você / Mania é coisa que a gente / Tem mais não sabe por quê / Mania de bem querer / Às vezes de falar mal / Mania de não dormir / Sem antes ler um jornal / De só entrar no chuveiro / Cantando a mesma canção / De só pedir um cinzeiro / Depois das cinzas no chão / Eu tenho varias manias / Delas não faço segredo / Quem pode ver tinta fresca / Sem logo passar o dedo / De contar sempre aumentado / Tudo o que disse, o que fez / De guardar fósforo usado / Dentro da caixa outra vez / Mania é coisa que a gente / Tem mas não sabe por quê / Dentre as manias que eu tenho / Uma é gostar de você. "

(Manias - Flávio e Celso Cavalcanti)
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"Eu gosto dos venenos mais lentos / dos cafés mais amargos / das bebidas mais fortes /e tenho apetites vorazes / uns rapazes / que vejo / passar / eu sonho / os delírios mais soltos / e os gestos mais loucos / que há / e sinto / uns desejos vulgares / navegar por uns mares / de lá você pode me empurrar pro precipício / não me importo com isso / eu adoro voar."

(Alta Tensão - Bruna Lombardi)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Quando a esperança retorna após uma longa partida... ela assusta!

Nossa, acho que as palavras abaixo descrevem muito do que sinto especialmente hoje! Nem ontem, nem anteontem e talvez... nem amanhã. E quando reli esse texto não imaginava um dia publicá-lo, não tão logo... e no entanto...

Vou recorrer a antigas palavras para inspirar-me e fazer analogias do ontem, hoje e amanhã.
Quem sabe logo logo volto ao vôo livre... ;)

É bom sonhar alto novamente. É forte o medo da queda. Mas ele não consegue mais impossibilitar-me de bater as asas... mas ainda assusta. Vento forte, vista ampla... liberdade. Destino? Ainda incerto.

"Ela queria voar e então subiu o mais alto morro

Mas de repente se viu ali, parada, perplexa
Tudo parecia tão pequenino visto agora por seus olhos
Que brilhavam lá no alto e se ofuscavam com os raios do sol
Uma lágrima rolou e ela continuou ali, parada
Contemplando a imensidão, que até pouco tempo não existia para ela
O sol se pondo aos poucos... raios através de nuvens ainda tocavam seus pés
As pedras ainda banhadas de dourado escorregavam um pouco
Mas ela continuava a contemplar a imensidão
Que outrora era apenas o aperto de seu mundo
De repente percebera que já estava voando mesmo sem sair do chão
Seus pensamentos vagavam enquanto seus olhos percorriam as imagens à sua frente

Não precisava se atirar à imensidão para fazer parte daquela beleza
Virou-se, e foi descendo o morro aos poucos
Retornando à sua cidade, não mais pequena e morta a seus olhos."

luaazul_ 01.08.05

terça-feira, janeiro 06, 2009

Retomando Velhos Hábitos... Será?


Quem sabe com casa nova eu volte a um velho hábito que sinto falta, e que falta faz também a inspiração... Aqui falarei de mim e da vida, e do mundo, e terei coisas novas e antigas para falar... Ou vocês acham que eu deletaria todas minhas introspecções sem guardar algumas vírgulas imteressantes e tão importantes para mim no passado, e algumas ainda hoje hehehehe ;)

Hm... por quê não começar com uma de minhas poesias preferidas?
Escrevi há tanto tempo e ainda me identifico tanto! ;D



ABRAÇANDO O MUNDO

Eu queria poder envolver
o mundo com meus braços
Agarrá-lo com todas as minhas forças
e não deixá-lo jamais escapar
Queria poder gritar e expressar
o calor dentro de mim
o fervor, a inquietude
Exteriorizar o que sempre procurei esconder
Chega de pudor, de perder, de temer
A hora é de buscar os sonhos
esquecidos, perdidos, abandonados
De vencer os medos; o momento é de ousar
Quebrar as barreiras e gritar ao mundo
Eu quero ser OUVIDA, VIVIDA, USADA, AMADA
Uma mulher livre, liberta, libertada, libertária
O meu lado bela, o meu lado fera
E ai de quem não gostar
Eu quero não me lixar
Eu quero ser eu e mais nada.

27.05.02