Cansada, introspectiva, pensativa.
O cansaço físico traz a dor, a paralisia.
A mente inquieta entrega-se aos pouco
E todos os planos e vontades, e desejos... vão ficando para depois
Por mais que incomode, o limite me cola no sofá
E por mais entediante, o controle remoto é o mais fácil de meus dedos alcançarem
Cansada e inspirada
Mas a inspiração, por mais que lute, vai perdendo força
Mas é um cansaço bom
Não é tédio e nem acomodação
É cansaço de quem correu e realizou metas
Mas é cansaço
O corpo grita e geme em dor
As costas lascadas queimam
A respiração falta
E a mente se perde fácil
Pensar é difícil
Abstrair é necessário
Há tempos não sinto tudo isso. É bom voltar e ter o pique de outros tempos. Mas é duro não ter o tempo para aproveitar esse pique. A gente cresce e a vida se complica. Tudo aumenta em termos de responsabilidades, cobranças, afazeres. Tudo diminui em termos de descanso, brincadeiras e descompromisso.
Ser leve, livre e solta. Eu desejo, mas não sei ainda como obter.
O horizonte ainda nebuloso mostra que já posso chegar lá, mas não mostra como e nem o que encontrarei.
Voltei a viver, não deixei de temer, mas parei de tentar controlar.
Que venha o abismo e eu me jogarei, certa de criar asas para planar!
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