terça-feira, setembro 30, 2014

Foi como uma punhalada
Sorrateira, vinda sem saber de onde
Sentiu-se apenas o nó nas vísceras
A falta de ar, o suspiro desesperado
Depois caíram as lágrimas
e sentiu-se o sangue escorrer
Tentou-se estancar, abafar, colocar as mãos
Buscou sozinha compreender o que e onde doía
Nenhum sucesso
No desespero, debateu-se, 
tentou gritar, fez barulhos
Quem ouvia, não compreendia
Perdeu-se
A catatonia da dor angustiante
A inércia da impotência
Agora era um vazio, mãos tremulas e soltas
Um olhar cinza e opaco, 
seco, sem o brilho de outrora
Um corpo inerte, jogado
Uma alma ferida e distante
Quase que numa projeção astral
Um corpo vazio
Um corte profundo
Uma boca entreaberta
e som nenhum.

terça-feira, maio 27, 2014

Às vezes, eu me pergunto: Será que decepciono as pessoas tanto quanto me sinto decepcionada por elas?

Por mais que eu saiba que criar expectativas é um erro... uma vida morna também não tem graça nenhuma.

 O jeito é arriscar, abrir exceções e derramar algumas lágrimas de vez em quando.

O problema é o depois disso.

segunda-feira, março 10, 2014

Um dia de escuridão.

De repente o vento soprou
Arrepiando sua alma
As brumas a rodearam
O brilho da lua era tudo que enxergava

O corpo cansado de tantas batalhas
Começava a se entregar
Os olhos semicerrados... transbordavam
A boca entreaberta balbuciava
Gemidos roucos e incompreensíveis
Representavam não mais querer estar ali

Como de repente as trevas surgiam
E o sol que um dia brilhou... apagava-se?
Não entendia muita coisa
Não sabia por onde continuar


terça-feira, janeiro 07, 2014

O olhar distante
A boca entreaberta
A mente perdida
Os sentimentos confusos

Era um redemoinho de sensações
Misturadas em pensamentos
Perdidas em emoções

Ao mesmo tempo, era o vazio
Fugindo do medo e do desgosto

As cicatrizes voltavam a sangrar
Novos machucados brotavam

Nada a animava agora
E o corpo pesado insistia em permanecer jogado
E a mente leve insistia em vagar
Pelos caminhos mais tortuosos e sombrios 
De sua alma

O olhar opaco
A boca seca
A mente focada

Os sentimentos ausentes