"A noite sorri com a inocência de uma criança que cativa a um primeiro olhar... ela nos toma em seus braços, tocando-nos levemente ao soprar do vento... de repente os pensamentos perdem-se em meio à música e estrelas... Em um céu escuro e limpo, uma lua procura se esconder.
A conversa e seu som tornam-se distantes, agora apenas rumores que se perdem em sussurros para não restar muito mais do que a vaga sensação de não estar completamente só.
Mas a solidão brinda com o vento gélido da noite e seu abraço já não é, há muito, aconchegante.
As imagens ao redor transformam-se em borrões coloridos que se confundem entre si, tornando tudo uma cor única. Formas não mais visíveis, sensações impossíveis de serem descritas... os movimentos se confundem quando percebidos e a mente não mais responde ao que poderia um dia, ter feito um sentido qualquer.
O corpo dança sua própria dança enlouquecida, sem controle, sem barreiras, sem nada a temer.
Molhado de suor, louco por se expor, baila ao som da lua e adormece ao canto do vento... o amanhecer agora o guardará.
E a movimentação louca do que a rodeia vai se dissipando, não há como saber ao certo quando passou a ser desapercebida ou em que momento começou a não mais perceber."
luaazul_ 18.02.2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário