sexta-feira, dezembro 21, 2012

Retrospectiva 2012...

Como os últimos anos, 2012 também não poderia começar fácil, assim como não continuou fácil. Foi um ano puxado, de muito esforço e muitas provações. Ao mesmo tempo foi o melhor dos últimos anos e está fechando com chave de ouro. Provavelmente 2013 será ao mesmo tempo que uma continuação e uma edificação de todos os esforços, será também uma nova fase.

Aprendi bastante, amadureci muito e fechei o ano colhendo frutos em vários aspectos da minha vida. Não tem nada melhor do que você pode ver e sentir seu esforço de anos tomando forma. A sensação de felicidade das escolhas corretas, das ousadias realizadas, dos sonhos retomados e concretizados.

Na esfera profissional o que posso dizer? Minha dedicação de tanto tempo começa a mostrar que nada foi em vão e que cada momento de aperto, desespero, medo, ousadia, risco, insegurança, sonho  e perseverança foram importantes para chegar até aqui. E esse aqui ainda é apenas o começo de uma nova caminhada. Amadureci profissionalmente e como pessoa.

E como pessoa tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas que entraram na minha vida como quem não quer nada e por lá permaneceram. Assim como as pessoas que já estavam e mais uma vez continuaram!

Fechar o ano sentido o carinho de tantas pessoas me supreendendo a cada dia não tem como descrever!
E eu agradeço a esses amigos tão presentes, e também aos mais atribulados, por fazerem de mim cada dia melhor :) E aos que partiram e seguiram outros caminhos, só posso desejar que as lembranças boas prosperem.

Sonhos realizados! Fiz rafting, viajei, conheci lugares, visitei amigos, alcancei objetivos profissionais, tive maior reconhecimento profissional, fui na Fórmula Truck (que mesmo nem sendo tudo isso, foi maravilhoso só pelas companhias!), realizei atendimento em acupuntura sentindo-me capaz para isso e ainda realizei meu primeiro salto de pára-quedas!

Tive confirmações da presença e da diferença que faço na vida das pessoas, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Isso não tem preço ;)

Para o próximo ano? Já penso em novos planos,  quem sabe novo salto, nova pós-graduação, muito mais trabalho e muito mais satisfação!
Que 2013 venha seguindo na mesma força que 2012 se encerra e que eu me mantenha no meu caminho ;)
Se esse foi um dos anos mais puxados, é também o ano que encerro mais feliz, pelo menos dentre os quatro últimos com certeza! Foi o ano que me reencontrei.
;D

sábado, novembro 03, 2012


As imagens eram turvas
e os sons confusos
o peito ardia e o corpo pulsava forte

Ansiava desesperadamente por qualquer coisa
que a tirasse da agonia
como a morfina que leva a dor embora

Mas precisava de mais do que isso
Clamava por respostas e novos dias

As imagens embaçadas tornavam-se negras
O som propagava-se agudo e irritante
O peito parecia uma bomba prestes a explodir
E o corpo tremia

A mente? Não mais existia...
Eu tenho um lado sombrio
Medos que não quero encarar
Fraquezas que me abalam
Dores na alma que não cicatrizam

Um lado um tanto quanto atraente
Ao mesmo tempo que amedrontador
Sinto-se tentada ao mesmo tempo que ameaçada…

Sinto-me perdida
Mesmo sabendo que apenas nessa sombra
Conseguirei me encontrar

Suspiros...

Às vezes me perco com tanta facilidade
Que não vislumbro como aconteceu
Assim, vai ficando cada vez mais difícil me reecontrar...

Talvez eu devesse me reinventar.

quarta-feira, outubro 24, 2012

A sombra sorria para ela, convidando-a a se aventurar no desconhecido.
...
Então, ela sorria de volta...
Fragmentos

Por todo lado que olhasse
Encontrava um pouco de si
Um pouco de sua história e seus medos
Um tanto de suas desilusões

Em momentos como esse
Sentia-se partida
Em turbilhões de pedaços
Espalhados por todo o caminho

E por mais que tentasse recolhê-los
Apenas conseguia novas cicatrizes
No corpo cortado e sangrento
De tantos cacos afiados e abandonados

Não era possível retomar o passado
E o corpo que sofria entendia
Mas a mente teimosa… ainda lutava
Uma batalla perdida.
Suspirava e o peito cansado seguia ritmado
A melodia em resposta à tantas decepções
Os olhos marejados, cerravam-se
Não acreditando no cenário logo adiante

Virava-se e seguia sem rumo
Apenas desejando não mais estar ali
O corpo sentia a surra do esforço feito em vão
A cabeça confundia-se tentando encontrar qualquer razão
Os olhos agora embotados não distinguiam mais nada
E sua boca sentia o gosto amargo da mágoa que não passava

Ela caminhou até o entardecer
Então encostou-se e encarando o horizonte permaneceu
Até adormecer...

quarta-feira, julho 04, 2012


Após uma boa parte de minha vida ter sido treinada muito bem, hoje posso dizer que praticamente domino a arte do desapego. Sempre achei isso muito bom e muito prático e já ousei considerar como um sinal de "pessoa bem resolvida"

Atualmente eu me questiono um pouco sobre o significado disso tudo.
Não que eu não goste desta arte, pelo contrário ela é muito válida e facilita bastante a vida... eu diria que até demais. Mas tenho me questionado o outro lado... ao que sou apegada? Deveria me apegar a algo? A alguém?

Qual o real valor das coisas quando você sabe que elas não irão fazer tanta falta assim na sua realidade? Que você vai superá-las.

Até que você começa a ser mal interpretada como uma pessoa fria.
Isso me soa um tanto triste, para não dizer solitário.
Volto então àquela sensação de não ser alcançada. E por mais que eu me jogue, por mais que eu arrisque, o que realmente está em jogo?

Eu não gostaria de ter dificuldade de me desapegar, isso não.

Mas eu acho que as pessoas complicam demais as coisas. Não apenas quando as coisas terminam, mas também complicam para as coisas começarem.

Eu gosto de me jogar e arriscar, mas isso assusta ao redor. Mas eu gosto quando eu sei o que quero. Ou quando estou disposta a lidar com as consequencias. Não me peça opinião, ela nem sempre será sensata, na maioria das vezes será se jogue e quando tiver que ser o oposto, será desista sem hesitar. Porque eu faço isso, mas eu sei fazer isso e eu não consigo fazer diferente.

Então o mundo parece tão distante, com pessoas que sofrem por tão pouco e outras que vivem em limites por não ousar...

E isso uma hora ou outra chega até mim... é tão estranho ser o que não participa do caos principalmente quando você admira o caos.

segunda-feira, julho 02, 2012

Chega uma hora que precisamos parar de apenas seguir em frente e começar a traçar qual caminho seguiremos.

Seguir é importante, mas precisamos saber como e para onde estamos indo.

Quem se deixa levar pela correnteza pode acabar se afogando...

domingo, junho 24, 2012


Neste momento sou um turbilhão de emoções, uma confusão de sentimentos, uma ânsia por sensações.

Tantos desejos, tantas dúvidas, tantos sorrisos.
Não há medo, não há exitação. Há apenas a vontade.

O querer experenciar traz o impulso de se jogar e a alma sorri com a simples possibilidade de ser correspondida.

O despertar da emoção acorda o corpo inerte!
Tudo flui pelas veias que parecem transbordar...

Não importa mais como as coisas ficarão
O importante é sentir!

terça-feira, junho 19, 2012



Às vezes eu quero me jogar... então não importa o resultado ou como irei me sentir depois. Nessas horas eu me jogo.

Então vem o frio na barriga e alegria do salto. E se não ocorrer bem como eu desejo... desejarei me jogar de novo e de novo enquanto eu acreditar.

Mas em um determinado momento eu irei me recolher e esperarei que você se jogue, do seu jeito, da sua vontade, no seu tempo.

Mas dificilmente eu me jogarei novamente sem nenhum sinal...
Mesmo querendo muito...

sexta-feira, junho 01, 2012


A noite chegava abraçando-a. Possuía um toque leve e gelado. Ela arrepiava por dentro e assim o vazio ecoava em seu peito. Seu olhar perdido e distante procurava sem sucesso um ponto para se fixar. O corpo encolhido tremia, desprotegido e cansado. Um suspiro... nada mudava.

Não ansiava por coisas impossíveis, apenas desejava permitir-se. Permitir-se viver, entregar-se, sofrer, sorrir.
Mas tudo ao seu redor parecia um canal fora do ar, uma estação de rádio sem sintonia, um borrão quase apagado em uma tela.

Não reconhecia mais os caminhos à sua frente. Tão forte e tão segura, de repente via-se perdida em suposições que sangravam por suas cicatrizes. O corpo enrijecia e a voz falhava cantando uma melodia sem som.

O rosto umidecido borrava-se com a maquiagem tão perfeita de outrora.
Restava apenas a dúvida... em qual momento se perdera?

segunda-feira, maio 21, 2012


Eram tantos pensamentos que volta e meia confundia-se.
Como ser compreendida quando perdia-se em si mesma?
O vento que soprava levava suas idéias mas logo trazia novas.
Nesse tumulto não sabia ao certo como tudo funcionava.

Ora sorria, ora chorava.

quarta-feira, maio 16, 2012




Não alcanço as pessoas que desistem por medo de falhar. Não tentar para mim é falhar antecipadamente. Que medo pode ser maior do que a certeza do fracasso? Não digo que é fácil, mas prefiro saber que tentei o que podia.

Por mais que levante dez vezes e seja novamente derrubada em cada uma dessas dez vezes, ainda levantarei a décima primeira pois para mim é mais fácil continuar levantando do que permanecer deitada...

sexta-feira, maio 11, 2012


Algumas vezes tudo parece tão próximo e ao mesmo tempo tão distante.
Como se fosse apenas me esticar mais um pouquinho para alcançar. Mas de repente tudo se desfaz em brumas que são levadas ao soprar de qualquer vento.

Permaneço então olhando para o vazio.

sábado, fevereiro 18, 2012


Quem poderia prever o rumo que sua vida seguiria? Por muito tempo pareceu não mais lhe pertencer, até que então tudo se desfez tão rápido como uma pincelada na tela. De um lado o medo do recomeço e do outro o alívio pela liberdade. Sem saber como e para onde, apenas voou sem rumo, seguindo em frente e contemplando o mundo.

Perdeu-se inúmeras vezes até encontrar-se. O desconhecido tornou-se um amigo constante em sua vida e passou a brindar pelos novos obstáculos que traziam novas oportunidades. Apesar de em diversos momentos cambalear, tornou sua fraqueza um passo de dança e seguiu pelo salão saltitando, cambaleando, movendo-se, rodando, pulando.

Transformou sua vida em música e aprendeu a improvisar a cada novo acorde. Não setia-se ainda nem completa nem realizada, mas sentia-se livre e mais perto de si mesma. Por mais difícil e por mais que chorasse, em seu íntimo sabia estar trilhando o caminho certo e nesse mesmo íntimo... sorria.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Roda Gigante

A roda gigante continua a girar e sigo rodando e passando sempre pelos mesmos lugares. De cima vejo tudo que me aguarda, mas o parque já não tem a mesma beleza de antes. Assim cada minuto vai seguindo trazendo consigo a certeza de que não há muito o que esperar nos próximos dias. Quem sabe em algum momento sopre um vento novo, mais forte, vindo de outra direção?

Mas enquanto isso não ocorre vejo-me sentada, no mesmo banco, na mesma roda, vendo as pessoas irem e virem ao parque e ninguém a olhar para cima. A roda agora enguiçada prende-me nas nuvens, onde até sonhar ficou cansativo e tudo que se pode fazer é aguardar...
De que vale estar num parque de diversões vazio? Agora todos se foram e continuo presa, lá em cima a olhar a noite que chega e o vento ainda na mesma direção.

Continuo não gostando de palhaços e estou cansada da roda gigante que por mais que gire gire gire... permanece no mesmo lugar.