sábado, fevereiro 18, 2012


Quem poderia prever o rumo que sua vida seguiria? Por muito tempo pareceu não mais lhe pertencer, até que então tudo se desfez tão rápido como uma pincelada na tela. De um lado o medo do recomeço e do outro o alívio pela liberdade. Sem saber como e para onde, apenas voou sem rumo, seguindo em frente e contemplando o mundo.

Perdeu-se inúmeras vezes até encontrar-se. O desconhecido tornou-se um amigo constante em sua vida e passou a brindar pelos novos obstáculos que traziam novas oportunidades. Apesar de em diversos momentos cambalear, tornou sua fraqueza um passo de dança e seguiu pelo salão saltitando, cambaleando, movendo-se, rodando, pulando.

Transformou sua vida em música e aprendeu a improvisar a cada novo acorde. Não setia-se ainda nem completa nem realizada, mas sentia-se livre e mais perto de si mesma. Por mais difícil e por mais que chorasse, em seu íntimo sabia estar trilhando o caminho certo e nesse mesmo íntimo... sorria.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Roda Gigante

A roda gigante continua a girar e sigo rodando e passando sempre pelos mesmos lugares. De cima vejo tudo que me aguarda, mas o parque já não tem a mesma beleza de antes. Assim cada minuto vai seguindo trazendo consigo a certeza de que não há muito o que esperar nos próximos dias. Quem sabe em algum momento sopre um vento novo, mais forte, vindo de outra direção?

Mas enquanto isso não ocorre vejo-me sentada, no mesmo banco, na mesma roda, vendo as pessoas irem e virem ao parque e ninguém a olhar para cima. A roda agora enguiçada prende-me nas nuvens, onde até sonhar ficou cansativo e tudo que se pode fazer é aguardar...
De que vale estar num parque de diversões vazio? Agora todos se foram e continuo presa, lá em cima a olhar a noite que chega e o vento ainda na mesma direção.

Continuo não gostando de palhaços e estou cansada da roda gigante que por mais que gire gire gire... permanece no mesmo lugar.