Depois de ir dormir as duas da manhã e acordar às seis e meia para dirigir duas horas, sendo uma em estrada de terra... bem, criar fica difícil,então o jeito é "re-postar"
Fica aí para quem não conhece, conhecer
Para quem conhece, relembrar!
A boca aflita grita, tal qual a sensação da faca rasgando a carne e as mãos amarradas num desespero louco para soltarem-se, e sente-se apenas o jorrar do sangue e a dor aguda na alma
A boca pasma cala, e são os olhos que jorram os sentimentos embotados dentro do corpo vazio e cheio. O oco preenche-se de ódio e medo, que se esvaem por terra sobrando o vazio frio e não mais avassalador
A boca perdida sufoca, como quem procura algo, uma pista, na tentativa de preencher-se novamente, mas tudo em vão, o nada é infinito e os olhos percorrem o horizonte morto à sua frente
A boca louca chora, resmunga, balbucia. Pergunta-se de que adianta tudo aquilo e questiona-se se vale a pena continuar tentando plantar e colher em campos áridos, sem verde, sem água, sem nada
A boca emudece, silencia, como quem não se permite responder às próprias perguntas talvez por medo das próprias respostas, ou talvez porque simplesmente não as tenha
A boca range a raiva, e quer morder e quer mudar, quer se soltar e voltar a viver, mas precisa purificar-se do pecado na carne podre que banhada em suor, fede
A boca então cantarola, e sorri. Porque todo recomeço traz sonhos e esperanças, e o cheiro sujo do passado foi-se com a água que banhou o corpo pecaminoso e febril, porém ainda cheio de desejos e assim, cheio de vida.
08.02.09
segunda-feira, janeiro 25, 2010
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Despertar...
Estranho
Em meio há tantas mudanças
um ciclo fechava-se
um novo horizonte surgia diante de seus olhos
Mesmo sendo tudo tão novo
Sem uma resposta sequer
ela sentia ter se reecontrado
depois de tantos anos perdida
Era como se aquele vazio
que persistira tanto tempo
retornando em diversos momentos
começasse a se preencher
Não haviam mais certezas
Nem rotinas ou acomodações
a inércia fora rompida
e novamente ela aprendia caminhar por si
Ela gostava desse movimento
muitas novidades, muitos planos
novos sonhos brotando em seu jardim
que permanecera ressecado por tempos sem fim
Aprendendo novamente a sorrir por nada
e a dançar na leveza do vento
O medo fizera suas malas
e agora esperava apenas que ele não voltasse tão brevemente...
;)
Em meio há tantas mudanças
um ciclo fechava-se
um novo horizonte surgia diante de seus olhos
Mesmo sendo tudo tão novo
Sem uma resposta sequer
ela sentia ter se reecontrado
depois de tantos anos perdida
Era como se aquele vazio
que persistira tanto tempo
retornando em diversos momentos
começasse a se preencher
Não haviam mais certezas
Nem rotinas ou acomodações
a inércia fora rompida
e novamente ela aprendia caminhar por si
Ela gostava desse movimento
muitas novidades, muitos planos
novos sonhos brotando em seu jardim
que permanecera ressecado por tempos sem fim
Aprendendo novamente a sorrir por nada
e a dançar na leveza do vento
O medo fizera suas malas
e agora esperava apenas que ele não voltasse tão brevemente...
;)
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Antítese Emocional
Não que ela não sentisse. Na verdade, sentia demais. Sentia tanto que se confundia. Tudo ao mesmo tempo, em intensidades exorbitantes, com intervalos minúsculos para simples momentos de reflexão que acabavam em dúvidas e mais sentimentos confusos e contrastantes.
Como qualquer ser humano, estava viva e a prova disso eram as mais diversas emoções que percorriam seu ser e tomavam contam de seu corpo, num balé clássico à dança contemporânea. Não sabia se ria ou chorava, se relaxava ou subia pelas paredes. Eram lágrimas com esperança. Medo com perspectivas.
Sempre gostou de mudanças. Sempre viveu assim, e nunca foi um problema. Muito pelo contrário, sentia falta delas. Aumejava por elas.
Mas agora eram tempos diferentes, não tão novos, apenas diferentes.
Agora a insegurança do novo parecia mais forte que seu espírito explorador. Será que viveu tanto na inércia ou no comum que o novo poderia ser tão assustador? Mas ao mesmo tempo essa sombra desconhecida era desajada pelo vão mais fundo de seu ser.
Não se preocupava com o que mudaria ou com o que estava em jogo... apenas precisava da certeza. Mas para isso, precisava se decidir.
Foi quando seu corpo inclinou-se ao desconhecido e mergulhou em seu mar de sensações. Era inevitável que seu espírito escolhesse as possibilidades apresentadas à sua frente. E agora, mesmo com todas as mudanças necessárias e todas as certezas jogadas ao vento, ela estava mais calma, estava feliz.
As emoções contrastantes ainda a possuíam, mas como já dito, isso nos torna humanos.
Ela sentia retomar uma parte de si mesma, que estava esquecida ou escondida lá no fundo de seu eu. E redescobria que era uma parte ao qual gostava e admirava muito. Sorria ao perceber que muito do que buscou em si, agora encontrava.
O vento soprou e levou consigo o medo e o que deveria ficar no passado. Agora era apenas o horizonte, no qual um novo sol começava a brotar.
Como qualquer ser humano, estava viva e a prova disso eram as mais diversas emoções que percorriam seu ser e tomavam contam de seu corpo, num balé clássico à dança contemporânea. Não sabia se ria ou chorava, se relaxava ou subia pelas paredes. Eram lágrimas com esperança. Medo com perspectivas.
Sempre gostou de mudanças. Sempre viveu assim, e nunca foi um problema. Muito pelo contrário, sentia falta delas. Aumejava por elas.
Mas agora eram tempos diferentes, não tão novos, apenas diferentes.
Agora a insegurança do novo parecia mais forte que seu espírito explorador. Será que viveu tanto na inércia ou no comum que o novo poderia ser tão assustador? Mas ao mesmo tempo essa sombra desconhecida era desajada pelo vão mais fundo de seu ser.
Não se preocupava com o que mudaria ou com o que estava em jogo... apenas precisava da certeza. Mas para isso, precisava se decidir.
Foi quando seu corpo inclinou-se ao desconhecido e mergulhou em seu mar de sensações. Era inevitável que seu espírito escolhesse as possibilidades apresentadas à sua frente. E agora, mesmo com todas as mudanças necessárias e todas as certezas jogadas ao vento, ela estava mais calma, estava feliz.
As emoções contrastantes ainda a possuíam, mas como já dito, isso nos torna humanos.
Ela sentia retomar uma parte de si mesma, que estava esquecida ou escondida lá no fundo de seu eu. E redescobria que era uma parte ao qual gostava e admirava muito. Sorria ao perceber que muito do que buscou em si, agora encontrava.
O vento soprou e levou consigo o medo e o que deveria ficar no passado. Agora era apenas o horizonte, no qual um novo sol começava a brotar.
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